A literatura na educação
No Brasil se lê muito pouco, a cobrança vem no ensino médio por motivo de vestibular e não por prazer, as crianças têm pouco estímulo à leitura, na educação infantil hoje percebemos que muitos professores lêem pouco, como trabalhar a literatura se o profissional tem pouca ou não tem intimidade com os livros? Muitas crianças têm o vocabulário mais desenvolvido que muitos adultos, portanto, há que se cuidar da formação desses profissionais, ouve-se professores dizerem “não gosto de ler”, acho isso uma vergonha, como diz o escritor Ziraldo, os pais não costumam ler para as crianças e esse hábito é desenvolvido na infância e não na fase adulta com a formação já concluída.
Hoje há cursos de capacitação até para contar histórias, as crianças adoram histórias, seja qual for e de qual maneira seja contada, as crianças se encantam, se identificam com os personagens, com os detalhes, gostam de recontar, o imaginário delas não tem limite e isso é que é o grande foco do trabalho de literatura na educação infantil, deixar as crianças lidar com seus sentimentos, suas curiosidades, formando assim personalidades, trabalhando limites, regras, afetividade, desenvolvendo autocontrole, sem contar o desenvolvimento linguístico, de vocabulário, crianças que ouvem histórias e têm acesso à literatura têm um vocabulário altamente rico. Segundo Bruno Bettelheim, autor do livro A psicanálise dos contos de fadas, “... para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções; estar harmonizada com suas ansiedades e aspirações; reconhecer plenamente suas dificuldades e, ao mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam...”.
A literatura estará presente na vida de nossos alunos se nós quisermos e nos esforçarmos, cabe a nós educadores orientar os pais, que muitas vezes nem tem consciência da importância da leitura na vida de seus filhos, muitos não tiveram tal acesso também.
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